Ver artigo original- Jornal Económico
A Quinta da Lagoalva de Cima vai instalar onze sistemas fotovoltaicos no terreno com uma potência total de 1,35 MW, ocupando uma área de 36.496 metros quadrados.
A produtora de vinho, azeite, cortiça, cereais, horto-industriais e do cavalo lusitano vai conseguir assim uma produção energética anual de cerca de dois mil MWh e evitar emissões anuais de 620 toneladas de CO2 (dióxido de carbono).
O fornecimento e instalação desta central foi da responsabilidade da Ikaros-Hemera, empresa especialista neste sector.
“O investimento foi feito pela Grow Solar UPP, sob o aconselhamento da Grow Energy Management, e permite à Quinta da Lagoalva de Cima uma autonomia energética de 123% face aos consumos dos locais onde foram instalados estas centrais solares. Isto significa que estas instalações possibilitam à exploração agrícola ter um balanço energético positivo, conseguindo produzir energia elétrica própria 23% acima das suas necessidades de consumo”, explica um comunicado da desta empresa do setor agroalimentar, que destaca o “ganho de competitividade muito significativa nos produtos comercializados pela Quinta da Lagoalva” desta forma conseguido.
Miguel Holstein Campilho, administrador da empresa, sublinha a importância deste projecto: “É muito satisfatório ter na Quinta da Lagoalva de Cima um modelo que nos permite produzir energia 100% limpa e finalmente conseguirmos um balanço energético positivo no desenvolvimento da nossa atividade. Isto permite-nos ir ao encontro do que nos é exigido por cada vez mais clientes que é de terem fornecedores verdadeiramente sustentáveis e com uma consciência ambiental forte.”
Por seu turno, Duarte Caro de Sousa, diretor-geral da Ikaros-Hemera, acrescenta que este “é mais um projeto concluído com sucesso e com vantagens para ambas as partes”.
“Com a instalação dos sistemas solares fotovoltaicos, por um lado, a Quinta da Lagoalva de Cima reduzirá os custos com a eletricidade e consegue descarbonizar ainda mais a sua atividade e por outro, conseguimos identificar e desenvolver para a entidade investidora, a Grow Energy Management, uma oportunidade de investimento alternativa com rentabilidades acima das normais alternativas no setor financeiro para o mesmo nível de risco. Até ao momento este é o maior projeto que desenvolvemos numa exploração agrícola”, destaca o referido responsável
O investimento, cujo valor não foi divulgado, foi suportado pela Grow Energy Management.
Os sócios explicam a sua motivação no investimento: “A Grow Energy Management está extremamente satisfeita com este projeto em parceria com a Quinta da Lagoalva de Cima e a Ikaros-Hemera, não só pelo facto da energia solar fotovoltaica ser financeiramente viável como também por ser um investimento em energia limpa e confiável.”
“O número crescente de empresas no sector agrícola e vitivinícola a apostar neste tipo de sistemas energéticos mostra a tendência do sector agrícola em investir em medidas sustentáveis, amigas do ambiente e que permitem a produção de energia própria”, conclui o citado comunicado.