Ikaros-Hemera espera duplicar a faturação em 2017

Ikaros-Hemera espera duplicar a faturação em 2017

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Participada de Pais do Amaral, especializada em energia fotovoltaica, espera fechar o ano com 10 milhões de faturação.

A Ikaros-Hemera, empresa especializada em sistemas solares fotovoltaicos exclusivamente para o mercado empresarial, espera encerrar 2017 com uma faturação de 10 milhões de euros, o dobro do verificado no ano passado. Uma performance influenciada pela concretização de uma série de projetos fotovoltaicos em lojas Ikea, mas, também, pelo crescimento da participada de Pais do Amaral no mercado nacional, onde detém já uma quota de 10% das licenças, segundo dados da Direção Geral de Energia e Geologia. A empresa prevê contratar mais cinco engenheiros até ao final do ano. Em 2015, a Ikaros-Hemera instalou cerca de três milhões de megawatts em Portugal e atingiu vendas de 3,8 milhões de euros, números que subiram, no ano passado, para 4,8 megawatts instalados e cinco milhões faturados. “Nos últimos dois anos, temos tido um impacto significativo do projeto Ikea, onde, através de um concurso internacional que vencemos, estamos a instalar sistemas fotovoltaicos nas lojas da empresa em Portugal e França. E 2017 é o último ano de implementação do projeto, pelo que as nossas vendas serão, ainda, muito influenciadas por esta via”, diz Duarte Caro de Sousa, diretor-geral da Ikaros-Hemera. Só o projeto para as três lojas Ikea em Portugal representou um investimento de quatro milhões de euros.

A Ikaros-Hemera é uma “joint-venture” que resultou da associação, em 2011, da Ikaros Solar – o gigante belga do setor, fundado pelos irmãos Yves e Marc Devis, e que tem no seu portefólio de clientes nomes como o Carrefour, Ikea, Phillips Johnson & Johnson ou o aeroporto de Bruxelas – à Hemera Energy, de Miguel Pais do Amaral. Com mais de três dezenas de clientes em Portugal, todos empresariais, assume-se como a empresa “a operar há mais tempo no país no segmento fotovoltaico”, sendo especialista na engenharia, fornecimento, instalação e monitorização dos sistemas. Além do retalho, da indústria e da logística (a distribuidora de medicamentos Logifarma é um dos seus clientes) a Ikaros-Hemera tem uma grande presença no sector agrícola, onde é responsável por sistemas na Casa Cadaval, Quinta da Alorna, Adega de Falua, Orivárzea, Cooperfrutas ou Torriba. A empresa está apostada em crescer no território nacional, mas recusa quantificar metas. “Não tenho qualquer valor para indicar. Queremos ter um crescimento sustentável e manter esse crescimento, para termos um parque de sistemas e de clientes altamente satisfeitos, mas somos, por natureza, muito cuidadosos nas previsões que fazemos”, explica Duarte Caro de Sousa. Quanto à quota de mercado, pretende, “no mínimo, defender os seus 10% de quota e crescer por via do aumento do setor”. Um desafio difícil, reconhece Duarte Caro de Sousa, atendendo à “fragmentação” do mercado, onde a concorrência é muita, com a entrada de novas empresas, nacionais e estrangeiras, atraídas pela nova fase de crescimento do setor.

E se é verdade que as empresas começam a olhar crescentemente para as energias alternativas como uma forma de poupança na sua fatura energética, não é menos certo, garante este responsável, que há, ainda, muito caminho a percorrer, na medida em que os sistemas efetivamente instalados são, ainda, “em número muito diminuto”. Mas em crescimento. “A legislação do autoconsumo, em vigor desde 2015, permite o uso de sistemas solares fotovoltaicos para a produção de eletricidade para consumo próprio. E há cada vez mais gestores que começam a olhar para isto como uma solução efetiva. Não para 100% da sua fatura energética, quanto mais não seja porque à noite não há produção de eletricidade, mas para 25, 30 ou 35% dos seus custos energéticos, percentagem essa que deixa de estar dependente da variação do preços da eletricidade”, explica Duarte Caro de Sousa, garantindo que o investimento em sistemas solares fotovoltaicos, no enquadramento do autoconsumo, permite retornos entre os cinco e os oito anos, sendo que os sistemas têm um período de vida útil de 25 anos. E qual é o custo destes sistemas? Sendo projetos empresariais, custam, no mínimo, 100 mil euros. Um projeto médio custa entre 500 mil e um milhão de euros. Mas o investimento pode ser financiado por terceiros. No caso das unidades de pequena produção, onde a totalidade da eletricidade produzida é vendida à rede, a empresa recebe uma renda pelo aluguer dos seus terrenos ou coberturas para instalar os sistemas fotovoltaicos. No caso de unidades de produção para autoconsumo, o cliente paga uma renda mensal ao banco ou a uma entidade terceira que faz o investimento. “Após a instalação dos sistemas, a Ikaro-Hemera fica encarregada da sua manutenção e monitorização, garantindo uma produção mínima que os sistemas terão de assegurar”, frisa. Além do Portugal, o grupo Ikaros Solar atua na Bélgica, Reino Unido, Turquia, Índia e México. Mas foi em Portugal que decidiu instalar o seu centro de competências, que assegura o apoio e coordenação técnicos no desenvolvimento de novos projetos em qualquer geografia do mundo, mas, também, a monitorização e gestão de todo o parque fotovoltaico a operar sob responsabilidade da Ikaros. Arrancou com dois engenheiros, em 2013, e hoje dá já emprego a 15. E até ao final do ano serão contratados mais cinco engenheiros para o centro, garante Duarte Caro de Sousa.

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